Moradores da Rua Nicolau Barreira, situada nas imediações do Hospital Regional Manoel de Sousa Santos, em Bom Jesus, Sul do Piauí, denunciam um grave problema ambiental e de saúde pública: o descarte contínuo e irregular de água suja no quintal de diversas residências. Assista os vídeos no final da reportagem. 44i23
Segundo relatos enviados à redação do Portal Ponto X, esse transtorno ocorre há bastante tempo, mas nas últimas semanas a situação se agravou de forma crítica. “A gente já vinha enfrentando isso há meses, mas agora a água chega com mais força e mais sujeira. Inunda tudo aqui no quintal, ninguém aguenta mais”, relata um dos moradores afetados.
Nos vídeos recebidos pela nossa equipe, é possível ver a água escorrendo diretamente do terreno do hospital e invadindo residências próximas. O líquido, de aparência turva e odor desagradável, preocupa os moradores, que temem pela contaminação do solo e até por doenças decorrentes do contato constante com esgoto sanitário.
Um dos moradores afirma ter procurado a direção do hospital em busca de uma solução, mas recebeu uma resposta alarmante:
“O diretor disse que não pode fazer nada, que se esgotar as fossas sépticas, desaba metade do hospital. Isso mostra que não é só um problema de vazamento, mas sim de infraestrutura grave que pode colocar em risco não apenas os moradores, mas os próprios pacientes e funcionários do hospital”, denuncia o morador ao Portal Ponto X.
O caso evidencia dois problemas sérios que exigem a atuação imediata das autoridades sanitárias e ambientais: o risco de colapso estrutural da unidade de saúde e a prática irregular de descarte de água contaminada em área residencial.
O hospital, atualmente gerido pela Beneficência Hospitalar de Cesário Lange (BHCL), tem contrato com o Governo do Estado. Segundo informações oficiais, a BHCL recebe R$ 53.268.000,00 por ano para istrar o Hospital Regional Manoel de Sousa Santos e mais R$ 12.216.202,56 anuais pela gestão da UPA de Bom Jesus, totalizando mais de R$ 65 milhões em rees por ano.
Diante desse orçamento robusto, os moradores questionam a falta de investimentos básicos na estrutura do hospital e cobram uma solução urgente.
“Nós não podemos ficar com o prejuízo. A água suja não pode ser jogada no quintal da gente como se fôssemos depósito de lixo hospitalar”, conclui um dos denunciantes.
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O Portal Ponto X tentou contato com a nova direção do hospital, sob gestão da BHCL, mas até o momento da publicação desta matéria não obteve retorno. O espaço segue aberto para esclarecimentos.
